E eu me agarrei nos espinhos!
27 de abril de 2015
Hoje lembrei de um incidente que aconteceu comigo segunda da semana retrasada. Estava eu plantando umas mudinhas de ‘onze horas’ no nosso jardim… Não sei o que fiz que desequilibrei – eu estava de cócoras, e para não cair com tudo na terra molhada, me agarrei no que estava ao lado, uma roseira! Foi instintivo mesmo, sem pensar, me agarrei onde deu só para evitar o que na hora parecia o pior, cair na terra molhada, me sujar toda e tal. Mas no momento seguinte, quando consegui me equilibrar vi o tamanho da besteira: eu estava com vários espinhos cravados na palma da mão e em alguns dedos.
A foto não ficou muito boa… Mas dá para ter ideia de onde me agarrei não dá?
Então fiquei aqui refletindo que em algumas situações é melhor cair de vez, se sujar toda ou até se machucar um pouco do que agarrar no lugar errado!
E digo isso não só para essas situações de cair literalmente como o que relatei acima, mas para a vida, para nossos relacionamentos. Há situações nas nossas vidas onde sabemos que estamos caindo, que estamos prestes a desabar e nos agarramos em coisas que na maioria das vezes sabemos que não nos farão bem, mas a emoção fala mais forte e nos agarramos mesmo assim. O medo da queda nos torna corajosos para segurar em algo espinhoso.
Nos agarramos em relacionamentos negativos, destrutivos. Em amizades que só nos sugam a energia e não agregam algo de bom, em pessoas que só querem saber de nós quando estamos bem, ou quando temos algo a oferecer. Nos agarramos em vícios, em bebidas, comidas e outras coisas que podem se tornar piores do que uma queda.
É isso aí. Os espinhos da minha mão doeram por um pouquinho de tempo, tirei um a um, lavei bem o local e pronto. A dorzinha passou e ficou tudo bem. Mas e o nosso coração com os espinhos que nós mesmos permitimos que entrem ali?
É hora de tirar, um a um, limpar e curar as feridinhas abertas. É hora de parar de se agarrar em relacionamentos que nos machucam. É hora de ser feliz. É hora de olhar melhor em quem nos agarramos quando estamos desequilibrados, com risco de queda. Lembre-se tem vezes que é melhor cair do que se agarrar em uma roseira cheia de espinhos!
anterior
O silêncio das entrelinhas
mais recente