Sensação ruim, rupturas à vista

Desde domingo que estou com uma sensação ruim. Você pode até dizer “deixa para lá Janaina”, sensação não é nada… No meu caso, é sim e tenho que respeitar e levar em consideração. Tive essa sensação apenas 3 vezes na minha vida e posso afirmar com grande segurança, que nas 3 vezes passei por momentos terríveis, de grandes mudanças e rupturas com a vida que eu levava no momento.

E agora com esse pressentimento de novas rupturas se aproximando, minha mente fica mais acelerada do que costuma ser, tentando imaginar mil cenários possíveis para essa sensação, preparando planos de ação de ‘a até o z’, para não me sentir pega desprevenida.

Sim, já orei, já falei com Deus. Já até chorei, lembrando das outras 3 vezes que tive essa sensação. Foram momentos muito difíceis, de extrema dor emocional, de mudanças internas gigantescas, de mudanças externas doloridas e que me marcaram para sempre. Cicatrizes ficaram de cada grande ruptura.

Meu coração está apertado, meus olhos perderam um pouco do brilho talvez pelo cansaço das noites mal dormidas que tive desde que esse pressentimento surgiu. Olho ao meu redor e vejo uma vida que eu sempre quis, com uma filha linda, inteligente e vivaz. Um marido que eu amo demais da conta, que me ama também e faz de tudo para me agradar. Livros e mais livros que aquecem meu coração, uma igreja de Cristo que fomos designados para amar e cuidar, família e amigos queridos.

Avalio minha vida em todos os ângulos, buscando lacunas para preencher, pontos para corrigir e melhorar. Vejo o quanto tenho me doado para os outros, vejo o quanto acordo de manhã com uma lista mental de pessoas que estão ‘sumidas’ e que eu tenho que enviar um ‘oi, td bem com vc?’ Mas vejo também o quão pouco essas mesmas pessoas não estão nem aí se eu estou bem ou não. E aí penso, seria aqui uma ruptura que devo aceitar? Parar de me importar tanto com quem talvez não queira minha companhia e amizade? E me pergunto uma vez mais, eu consigo ficar sem me importar com essas pessoas? Eu já sei que elas não se importam comigo pois se eu não entrar em contato, elas mesmas não entram, se eu não ligar ou mandar mensagem, também não recebo delas… Então, minha mente pensa: “Talvez eu possa apenas não entrar em contato, e possa demonstrar minha preocupação, carinho e cuidado apenas orando por elas.” Sim, essa é uma boa coisa. Vamos tentar?

Mas seria sobre isso a sensação de que algo grande está por vir para mudar tudo de novo? Seria apenas algo envolvendo meus relacionamentos, minha preocupação com outros, o tempo que uso me preocupando com os outros sem ter retorno nenhum? E ainda ficar com a sensação de que estou incomodando? Seria sobre isso meu pressentimento?

Ainda acho que não. Mas para não piorar meu desconforto enquanto a sensação aumenta, para não aumentar meus temores sobre o que está por vir, vou (por enquanto) tentar direcionar minhas energias, meu foco de relacionamento para quem também quer se relacionar comigo.

Enquanto isso, eu oro, suplico, imploro a Deus. Para que Ele me dê forças sobre quaisquer dificuldades que apareçam, para que Deus me dê serenidade para tomar quaisquer decisões que se façam necessárias, para que eu tenha clareza de pensamento para conseguir raciocinar no meio de qualquer tsunami que por ventura me envolva.

E assim, vamos iniciando uma nova ruptura, a de não querer saber o que está por vir, e aproveitar mais o dia de hoje, como um presente, o presente, como se fosse o último.

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