37 anos vividos intensamente!

Completei meus 37 anos nesse último dia 08 de março. Amanhã conto em outro post sobre como foram as comemorações nesse ano, hoje quero apenas compartilhar os pensamentos que tive no dia do meu aniversário, dia que tirei de folga e não fui trabalhar, tendo assim muitas horas para refletir.

Penso que amadureci o suficiente para assumir a idade que tenho e não ficar diminuindo, ou simplesmente dizendo ‘trinta e poucos’ quando alguém pergunta minha idade. Em uma das classes de escola dominical que, pela graça de Deus, sou professora, assumo e brinco que sou a mais velha de todos e que portanto, que me respeitem rsrsrsrs. É isso, aprendi a não esconder minha idade e nem a tentar disfarçar, sei que como todos os seres humanos, o tempo está passando e eu estou envelhecendo e é bom quando entendemos isso e principalmente aceitamos, porque aprendemos a viver em paz com nossa idade.

Tem dias que sim, sinto que já vivi muito e ‘sou uma quase velha’, em outros dias vejo o quanto de experiências que ainda quero viver. E pensando mais sobre isso, cheguei a conclusão de que vivi intensamente sempre, por isso a sensação de que já vivi muito. Não simplesmente passei por 37 anos, mas vivi cada dia, cada semana, cada mês e cada ano, de forma intensa. Gostaria de dizer que foram 37 anos bem vividos, mas não foram, prefiro dizer que foram 37 anos vividos intensamente. Bem vividos não foram sempre, porque sou humana cheia de falhas, tive muitos momentos de crise, errei vergonhosamente em alguns momentos, fui falha, briguei, discuti e fiz coisas das quais não tenho orgulho nenhum. Mas sabe, esses momentos não foram bem vividos mas foram vividos intensamente, e eles também contribuíram para ser quem sou hoje, e em quem estou me transformando para amanhã. Aprendi muito em cada situação, com certeza.

Hoje já não tenho as incertezas dos 18 ou dos 20 e poucos anos, não tenho as mesmas dúvidas que antes. Sei escolher quais roupas ficam bem no meu corpitcho, as cores de esmalte que gosto e que combinam com minha pele, aprendi a assumir que gosto de maquiagem e batom vermelho. Sei que dietas de nenhum tipo combinam comigo, busco ter uma alimentação normal e equilibrada sempre, do que uma dieta cheia de restrições, sei quais alimentos me fazem bem e quais devo evitar. Aprendi a sorrir mesmo com o coração encharcado de lágrimas, aprendi a levantar depois de um tombo e sei que até as feridas mais doloridas um dia cicatrizam! Me sinto mais bonita e mais atraente hoje com 37 anos, do que quando tinha 18 anos, 20, 25 anos e até com 30 anos. Aprendi a me sentir confortável e bem do jeito que eu achar melhor, tanto com salto alto, sapatilha, e até descalça. Hoje sei tirar proveito do meu cabelo, e sei que continuo preferindo um bom livro do que uma companhia que emana negatividade. Aprendi a ser mais seletiva, com alimentos, com livros, com roupas, sapatos, bolsas e principalmente com quem quero perto de mim.

Ao longo de 37 anos, tive muitas lutas, decepções, fracassos, traições, dores, perdas e lágrimas. Mas tive muito mais momentos de vitórias, alianças, ganhos, alegrias e sorrisos. Sei que hoje tenho menos tempo do que quando comecei. É mais difícil, por exemplo, mudar de carreira, mas ainda tenho energia para isso e estou planejando em breve (esse ano ainda) dar uma nova guinada profissional. Aprendi a aceitar que o tempo deixa marcas ao redor dos meus olhos, no rosto, no pescoço e nas mãos, e que para todas essas marcas há cremes e tratamentos que podem amenizar, mas as marcas do coração são as que realmente fazem diferença.

Não devo nada a ninguém, não sou obrigada a nada. Conheço o motivo pelo qual Deus me fez, sei qual minha missão. sei onde estou e para onde quero ir. Hoje prezo mais ser do que ter, mas já tive muito e muitas coisas. Fui desapegando a cada mudança, inclusive em 37 anos fiz 10 mudanças, e não, não sou cigana para mudar tanto! Aprendi a desapegar  em cada mudança, a cada perda e a cada ganho que tive, desapegar de coisas, de sentimentos e de pessoas.

Ainda tenho muito que aprender, e se Jesus não vier me buscar, sei que tenho algumas décadas pela frente ainda. Olho para o céu e vejo que ainda preciso mudar muito, me desenvolver mais, crescer em conhecimento. Minha lista de metas feita há pouco tempo tem 101 coisas a fazer, algumas já foram feitas, mas faltam muitas ainda, e já surgiram muito mais metas para acrescentar nessa lista!

Estou grávida, e em agosto teremos um bebê no colo, e vejo que será uma nova e definitiva fase que preciso trilhar, o de ser mãe, e quando penso nisso me sinto como se não tivesse 37 anos, mas 18 anos começando tudo de novo. Inclusive, encerrar ciclos e começar novos é comigo. Estou no segundo casamento, mais feliz e realizada do que nunca, esperando nosso primeiro filho, encerrando uma carreira abençoada e bem sucedida, graças a Deus, muitas aulas dadas e alunos espalhados por todos os lugares, que me dão orgulho conforme recebo notícias deles, e principalmente com a alegria de que muitas pessoas já tiveram seu encontro com Cristo através do que escrevo, do que falo e ensino, só posso me sentir agradecida a Deus, feliz e honrada por tudo isso.

Completei 37 anos, com orgulho de dizer que cheguei até aqui sem trair meus valores, sem trair a mim mesma e sem trair ninguém, servindo um Deus Maravilhoso que me ama e cuida de mim! Tenho um marido surpreendente, presente especial de Deus, um bebê sendo formado, familiares que são parte importante do que sou, amigos queridos que fazem a diferença em quem sou!
Sei hoje que sou quem sou hoje porque venho construindo isso há anos. E parabéns para mim! Com orgulho sim!

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