Bom senso,  Escolhas,  Pensamentos

Já fui melhor na minha cabeça do que na vida real

https://www.petwantsclt.com/petwants-charlotte-ingredients/ Pois é, sou das que pensam muito e inventam mil vidas. Bem aqui dentro da minha cabecinha a imaginação rola solta, é cada história que parece script para novela da Globo. E nessas histórias criadas e inventadas, ou seja, na minha cabeça eu sou uma pessoa bem melhor do que na vida real.

Sou mais equilibrada, mais comedida, mais bonita, mais inteligente e bem mais simpática e sociável. E no mundo real eu me acho menos, sempre menos, a menos bonita, a menos simpática, a menos inteligente, me ‘sentir menos’ é algo bem comum aqui dentro de mim. Meu ponto de  conflito sempre foi0 como ser na vida real aquela Janaina que vive bem dentro da minha cabeça. Eu descobri com o tempo que transferir essa imagem que eu criava nas minhas histórias para a vida real é bem, mas bem difícil mesmo. Ser na vida real a pessoa que existe no mundo das ideias requer algo muito sério e difícil de fazer: escolhas. E escolhas envolvem abrir mão de muita coisa que nos apegamos.

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Ok ok, sei que você deve pensar que sou louca ou tenho algum problema psíquico, ou se não está pensando isso é porque também tem uma mente fértil para inventar outra versão de você mesma dentro de sua cabeça. Bate aqui 👊óh, tmj, você me entende.

Já cheguei a pensar que eu estava ficando doida mesmo, imagina euzinha desenvolvendo uma história na minha cabeça e chorar de emoção por causa de algo que acontece na história (inventada)? Pois é. Já aconteceu muito.  

De certa forma era um escape criar histórias, e também uma forma de não ser pega desprevenida, pois eu imaginava meus planos A,B e C nesses momentos. O que eu faria se tal coisa acontecesse? E assim ficava dias imaginando o que eu faria e como as coisas aconteceriam. Pois bem, não sei se isso é doença ou alguma síndrome, ou só loucura mesmo, se você souber comenta abaixo e quem sabe tomo outra atitude, mas eu vi, finalmente o mal que esse hábito me fazia. Sim, porque nessas história eu sempre fui a Janaina perfeita, em todos os sentidos e sofria muito ao perceber que na vida real eu sequer conseguia controlar o que falava quanto mais minhas ações. A distância da Janaina do mundo das ideias e da Janaina real – carne, osso e sobrepeso, era tão gritante que só serviam para me fazer ficar cada dia pior, ficar mal mesmo, chorar e ficar entristecida.

Por muito tempo acreditei que eu seria mais feliz se conseguisse ser na vida real quem eu era em meus pensamentos. Mas eu simplesmente não conseguia fazer isso e passava mais outro tanto de tempo me justificando e buscando motivos pelos quais eu não tinha sucesso.

Hoje posso dizer, quanto tempo perdi e quantas lágrimas chorei por algo que só me fazia mal! Eu já sou quem sou, é uma caminhada de melhorias, é um caminho em busca da perfeição que aqui na terra nunca vou alcançar. Posso melhorar a cada dia, desenvolver uma versão melhor de mim mesma, como diz Helena Tanure, mas não posso mudar quem sou na essência. Eu desenvolvi algo chamado racionalização, que é ficar se justificando e encontrando argumentos para ser quem se é, sem mudanças, quase como se fosse a síndrome de Gabriela, eu nasci assim, cresci assim, e vou ser sempre assim. Quase como se eu buscasse justificativas para não mudar e não melhorar onde eu podia e sabia que precisava ser diferente.

Veja, nas minhas histórias eu não me tratava como a vítima da sociedade, ou nada parecido com o que escrevi aqui. No fim das contas foi algo que eu escolhi, me olhar e me sentir menos ao mesmo tempo em que na minha cabeça eu criava uma expectativa através de uma história onde eu era mais. É claro que eu nunca conseguiria ser na real o que era nos meus pensamentos.

Então um dia percebi que eu tinha que parar de fazer isso, e descobri que não seria tão difícil, era apenas parar de inventar essas histórias. E fui descobrindo que eu nem era assim tão ‘menos’ quanto me achava, que eu não sou tão ruim como imaginava e sentia.

Se eu continuasse inventando histórias e cenários para meus planos, eu iria acabar entrando em depressão, e pior, perdendo tudo o que Deus está me dando para viver agora, um marido amoroso e uma filha linda, com amigos queridos. Chega de sentir como se tivesse algo faltando ou eu estivesse perdendo alguma coisa.

Jesus veio para nos dar vida e vida com abundância. E eu mesma estava me tirando isso pois não vivia o presente como deveria viver. E fiz o que eu precisava fazer para mudar esse hábito: tomei uma decisão, a decisão de não deixar a imaginação livre e solta. Escolhi viver a vida real e focar no que é realmente importante. Pensar no que realmente vale a pena e não ficar usando minha energia para pensar coisas que não devem ser sequer pensadas (Fp 4.8).

E você, no que pensa? Como tem usado sua imaginação?

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