O que mudei com o ‘tenho que ir naquele evento’

Já fui do tipo ‘arroz de festa’ aceitava todos os convites que recebia, para ir em festa, festinha e festão, jantares e reuniões em geral, palestras, congressos, chás. Já fui de ir em todos os congressos, eventos , reuniões e atividades diversas da igreja. Já fui de aceitar todos os tipos de trabalhos profissionais que surgissem. Gostando ou não eu aceitava porque ‘eu tinha que aceitar’. Eu acreditava que tinha que aceitar, que era meu papel, que precisava ir para ‘não fazer feio’, precisava ir para cumprir com meu papel de esposa, de amiga, de família, de profissional, de membro da igreja. Mas um dia cansei de aceitar todo tipo de convite apenas para ‘cumprir com meu papel’, mesmo que em algumas vezes aceitei convites para agradar pessoas queridas, fui contra a minha vontade e me fez muito bem. Me diverti, ri, afastei a zica do mau humor, ou qualquer coisa parecida. Muitas vezes fui atender a esses convites doente, com dor de cabeça, cólicas. Muitas vezes fui a festas sem vontade e foi horrível. Algumas vezes fui a eventos sem vontade e foi muito bom, minha impressão mudou.

 

 

Incrivelmente o dia em que cansei de aceitar todo tipo de convite foi o dia em que finalmente me senti segura de quem eu era, do que queria e para onde queria ir. O que aconteceu nesse dia? Decidi aceitar convites de forma mais ‘racional’…, Será que é essa a palavra? Talvez. Tentarei explicar: resolvi aceitar convites, que antes de tudo, sejam para momentos que me agradem, que eu gosto,que eu concordo com o propósito do evento, ou que me farão rir, me divertir, ou contribuir para aumentar meu conhecimento, deixar alguém que é importante para mim bem e feliz ou aprofundar minha intimidade com Deus.

Posso ir a lugares que eu não iria sozinha, e sim vou para agradar alguém, como meu marido, por exemplo. Posso demonstrar amor por ele, indo a lugares para agradá-lo, se o deixa feliz me deixa feliz também, e estou contribuindo com essa ação para que o nosso casamento seja mais pleno. Sei também que meu maridinho faz isso por mim, com o mesmo sentimento, o de me deixar satisfeita. Também vou a lugares para deixar outras pessoas satisfeitas, ou dar uma força na hora da necessidade (seja qual for), uma amiga, um familiar, ou até um desconhecido, se eu sentir que tem propósito minha presença. Se minha presença ‘tanto faz’, e eu já não estava com muita vontade de ir, pronto, a decisão está tomada, não vou.

Não aceito mais convite para sair apenas para ‘não ficar sozinha em casa’. E sim, um fim de semana por mês, em média, fico sozinha em casa, em alguns convido uma amiga para um café, bater um papo, ou vou para algum lugar sozinha, shopping, um café ou uma livraria bem grande, mas também passo muitos desses finais de semana completamente sozinha em casa e no silêncio, porque é bom também e há alguns anos aprendi a apreciar minha companhia e a gostar de estar completamente sozinha.

Se você aceita um convite para sair, ou para ir em algum evento, encontro, qualquer atividade apenas para não ficar sozinha em casa, não vale a pena… Se você vai para alguns lugar só para agradar alguém e não é reconhecida por isso, e nem sente propósito real, esquece também, não vale a pena.

Aprenda a se conhecer, busque saber o que realmente é importante para você e te faz feliz. Esquadrinhe seu coração, seu propósito de vida, saiba o que te faz feliz… E depois disso tudo, com propósito vá onde quiser ir…