Dias difíceis,  Escolhas

O problema de se acostumar com a dor emocional

Como seres humanos, aprendemos muito cedo na vida que a dor faz parte de nossa existência. Dor física e dor emocional. Dores que chegam e ficam muito tempo, dores que chegam e antes de dar tempo de pensar nelas, https://templedavid.org/symons/b12awnt19 puf já se foram.
O problema da dor, seja física ou emocional, é nos acostumarmos a ela. Definitivamente isso não é normal. Eu tenho ceratocone (se quiser saber mais é só clicar aqui) e por anos (desde 2003), tive dores de cabeça a beira do insuportável. Ia para o Pronto Socorro de tanta dor, com o tempo vi que no PS não faziam muita coisa, quando eu falava que tinha ceratocone, os médicos associavam minha dor de cabeça à doença e simplesmente não investigavam o real motivo da dor. Um dia sabe o que aconteceu? Eu acostumei com aquela dor, dor que me incapacitava e me deixava de cama mesmo, Acostumei e pior, aprendi a conviver com ela, ia trabalhar, ia para a escola e afazeres na igreja com uma dor tão profunda que me tirava o prazer de qualquer coisa.
Agora em setembro de 2015, vim a descobrir de forma inusitada, o verdadeiro motivo das minhas dores de cabeça, e não, não eram por causa do ceratocone. Depois de tantos anos, me livrei de uma dor crônica, a qual eu já tinha acostumado viver. Nas primeiras semanas sem a dor eu senti uma liberdade tão grande, um alívio, eu podia fazer qualquer coisa, me abaixar ou levantar bruscamente sem medo de sentir ‘ferroadas’ na minha cabeça. Só quem já se livrou de uma dor de tantos anos pode entender o que estou descrevendo.
Mas enfim, quero mesmo é falar que não é normal se acostumar com a dor. E por falar em dor, a emocional é a que demora mais para sarar, é a mais difícil de superar. Se não cuidarmos ela pode nos afundar cada dia mais até o poço sem fundo da depressão. Todos nós já sentimos dor emocional e muitos estão aí cultivando uma com todo carinho. É uma ferida que ninguém vê, que nos modifica para sempre. Ninguém é imune a esse sofrimento, mas precisamos aprender a transformar essa dor em aprendizagem.
O ser humano não é suas derrotas nem suas perdas. Somos mais do que isso. Podemos sim olhar a dor emocional de frente, descobrir formas de enfrentá-la e avançar. Precisamos entender que a dor emocional pode ser controlada e superada, não podemos nos deixar abater por ela. É preciso força de vontade e porque não dizer muita valentia. As dores emocionais provocadas por feridas invisíveis em nossos corações podem ser curadas, deixando apenas cicatrizes que nos ajudarão a lembrar o que suportamos e que vencemos.
Sim, tem quem não sinta força ou vontade suficiente de lutar contra a dor e faz como eu fiz, se acostuma com a dor e aprende a viver com ela. O problema de se acostumar com a dor é que ela nos transforma, nos fecha para as alegrias da vida, não nos deixa viver plenamente. Tira nossa vontade de fazer certas coisas, porque sabemos que se fizermos a dor vai aumentar. Eu não podia me abaixar ou levantar abruptamente, há quem não vá em casamentos porque sua dor emocional de um casamento desfeito é insuportável. Deixar de ir em determinado lugar ou deixar de fazer determinada coisa por conta de uma dor que nos acostumamos deve ser inadmissível até para os considerados ‘mais fortes’.
Mas também agir como alguns falam click here “não chore, olhe para frente e esqueça o passado” https://annmorrislighting.com/r6as9hpp9 não funciona. Para fechar uma etapa em nossa vida, precisamos entender e aprender o que a vida quer nos ensinar com aquilo. É preciso desabafar emocionalmente, esvaziar mesmo, isso significa chorar, sentir raiva ou irritação, é preciso descarregar, se livrar dos sentimentos que provocam a dor emocional. Mas esse desabafo, esse tempo para aprender e entender o fato que originou a dor, deve ocorrer por um tempo bem curto. Se durar muito, há o risco de cair em depressão.
As feridas internas devem ser curadas, ficar somente as cicatrizes para nos lembrar o que já passamos, e o quanto superamos. Feridas internas cicatrizarão aos poucos, a cada dia doem um pouco menos. Reflita no que pode aprender, lute para curar, chore quando sentir vontade, mas não se acostume com elas. Você merece viver melhor, sem dor, uma vida com abundância!
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