Uma imagem fala mais que mil palavras

Muito difícil falar sobre uma imagem anônima que alguém deixa para nós… Como minha amiga Patty Villa Nova disse, “essa imagem vale mais que mil palavras”. Não sei exatamente o que a Patty viu, não sei o que você verá nessa foto. Sei que cada um terá uma versão do que vê…

Mas me atrevo a falar mesmo assim… É uma imagem anônima, não sei quem fez ou quem é a moça da foto.

Uma foto delicada, de uma moça delicada em um momento que parece ser muito delicado. Aquele momento em que deixamos de lado o que gostamos de fazer, no caso da moça em questão seu instrumento musical, porque surgiu algo maior. Parece que está olhando para algo em suas mãos…Talvez um livro, talvez a Bíblia ou seu diário!

Mas olhando sem enxergar!! Com o pensamento longe… Olhar distante… Cabelo com vários fios soltos… Me parece vulnerável e pensativa. Sem saber o que fazer. Tudo isso vejo em um primeiro olhar. Rápido.  Querendo ver o que a foto quer transmitir.

Mas olhando melhor, e prefiro sempre olhar melhor… Vejo algo mais.

Não vejo que ela está perdida, sem saber o que fazer. Apenas que parou por um breve momento para pensar na vida, ou em suas coisas, seus problemas. No que fazer.  Vejo claramente que ela não desistiu!! Sabe por quê?

Ela não guardou seu instrumento…

Se estivesse desanimada, derrotada ou qualquer coisa do gênero teria guardado tudo.  Mas apenas deixou um pouco de lado para pensar. A qualquer momento, quando ela quiser… Volta a tocar! Seu instrumento está ao alcance de suas mãos!!

Quem desiste não senta, desaba. Quem desiste, se ajeita na posição de melhor conforto para não precisar mudar de lugar tão cedo.

Essa moça bonita está sentada em uma posição típica de quem está pensando, refletindo… E não de quem desistiu.

Essa moça bonita está sentada em uma posição em que ela pode mudar ou levantar em segundos, sem grande esforço.

Essa moça bonita está pronta para continuar, assim que passar esse breve momento de introspecção.

Que possamos não desistir do que gostamos, do que nos faz bem. Que se precisarmos parar para tomar uma decisão, para pensar e refletir que seja uma parada breve, a menor possível, de minutos talvez. Uma parada onde os nossos instrumentos, nossos talentos não precisem ser guardados nem esquecidos.

E principalmente que estejamos cientes, de que por maior que seja a dificuldade, a dor ou o problema, Deus nos dará um escape. Nem que o escape seja recomeçar do zero, de novo. E devemos estar sempre prontos para recomeçar ou para continuar de onde paramos… Rapidamente!

A vida não pára quando surge uma tempestade no horizonte ou uma pedra no caminho. As dores, as dificuldades, os percalços devem servir para nos dar mais impulso para continuar. Mais força, mais determinação, mais vontade em vencer.

E que estamos mais fortes para, um dia de cada vez… Tocar o instrumento que fomos destinadas a tocar.

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